terça-feira, 30 de junho de 2009

ARQUITETURA DE INTERIORES


Quanto o nome de uma pessoa pode influenciar no seu destino? Será que se eu não me chamasse Sonia e sim Astrogilda ou Emengarda eu teria sido o que fui e sou? A minha profissão já se chamou "Decoradora" e por desgaste do uso desse nome a categoria passou a chama-la de "Designer de Interiores" que ao meu ver a descaracterizou diante do mercado. É uma junção de palavras cuja palavra principal nem sempre é compreendida pela maioria dos possíveis usuários de nossos serviços. Não leva o público a compreender com agilidade a nossa função nem a abrangência profissional que excede a de projetista, desenhista ou auxiliar de arquitetura. Somos treinados e profissionais da área de criação e execução dos projetos além de desenhistas. Como a classe profissional de Arquitetos se enquadrou perfeitamente dentro da nossa classe de Projetistas e Ambientadores me sinto perfeitamente à vontade em me declarar uma "Arquiteta de Interiores". Acredito que da mesma forma que o nome em bom português expressa com muito mais correção a nossa função profissional poderá por sua sua constituição fonética nos trazer muito melhores retornos em todos os campos de nossas atuações.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

DANDO IDEIAS


Todas as pessoas precisam de viver em espaços que julguem confortáveis e que cumpram com suas utilidades e objetivos. Publicações de decoração e arquitetura no mundo todo é sempre um filão altamente rentável às editoras pois além dos profissionais e de toda clientela que clamam por novidades infindas tem os comerciantes e fabricantes de produtos e serviços que buscam encontrar através dessas publicações os clientes e a fidelização. O Brasil tem um mercado sempre crescente de consumidores e criadores de mais publicações e mostras de decoração. Tem também ao mesmo tempo um mercado consumidor ativo e ávido por novidades. Escolas técnicas e universidades são criadas todos os anos colocando mais e mais profissionais no mercado. Como em todas as áreas a disputa por clientela é acirrada. A classe de Designer de Interiores (Decoradores ou Arquitetos de Interiores) é uma classe ampla que abriga Técnicos em Designer de Interiores e Arquitetos. A Associação Brasileira de Designers (ABD) reúne os profissionais habilitados e atuantes num esforço de regulamentar a profissão e trazer respeito. Por conter em sua cúpula a maioria de Arquitetos os Designers de Interiores (que são a maioria dos associados) nem sempre se sentem realmente representados ou defendidos em seus interesses. As revistas da área privilegiam os profissionais que sejam Arquitetos e menosprezam os Designers e assim disseminam a ideia nos leitores que para se chegar ao resultado criativo que se busca, o profissional que ele tem de buscar é o Arquiteto e não o Decorador (palavra em português que traduz "Designer de Interiores"). E assim ainda temos um longo caminho a percorrer no campo da respeitabilidade. Clientes que buscam profissionais para "darem" ideias - e não comprar um projeto. Arquitetos e Associação de Designers de Interiores que não prestigiam o Designer e sua função primordial. Revistas e veículos de divulgação que embarcam no falso valor do título e não da competência. Tudo isso somado atrasa a evolução do mercado que em se mostrando organizado e confiável se obteriam muito mais lucros e uma clientela mais constante e segura em todos os campos e níveis onde o nosso trabalho se faz necessário.

Vou dar uma ideia: Vamos buscar um caminho honesto que abrace a todos envolvidos e não se exclua ninguém?

domingo, 28 de junho de 2009


Feng Shui (pronuncia-se fong-suei) é uma técnica, ciência e arte de origem chinesa com mais de 3.000 anos de utilização. Na China antiga era reconhecida pelo governo imperial e utilizada apenas por imperadores e pela elite. A transmissão do conhecimento se dava, na maioria das vezes, através de poemas que tinham que ser decorados. O conhecimento era passado de geração em geração apenas para os escolhidos, na maior parte das vezes verbalmente, pois era considerado uma assunto muito importante e delicado para ser impresso. Alguém fora da elite, que tivesse acesso a manuscritos ou discordasse do Feng Shui, era severamente punido.
O Feng Shui chegou ao Ocidente no final do século XIX, pelas mãos de imigrantes chineses e de estrangeiros que visitaram a China. Escritores europeus no final do século, teciam suas críticas e questionamentos sobre a técnica, contribuindo com isso para a divulgação da prática no Ocidente.
O primeiro manuscrito específico de Feng Shui que se conhece é de Ernest J. Eitel, editado em 1873, em Londres, com o título de “Feng Shui - A Ciência do paisagismo sagrado na China antiga” encontrado até hoje nas livrarias, inclusive no Brasil.
A base do Feng Shui vem do Tao, da unidade dos opostos (Yin e Yang) e do I Ching. O Tao pode ser considerado como o caminho natural, o equilíbrio entre o Universo e o homem, onde homem e universo unem-se e influenciam-se mutuamente, integrando-se no todo.
Do Yin e Yang, as duas forças complementares e opostas que juntas criam o equilíbrio harmonioso do universo, surge o Tao.
Yin é escuro, passivo; Yang é claro e ativo
. São dependentes um do outro, sem a escuridão não conheceríamos a luz, sem o frio não saberíamos o que é quente, sem morte, não há vida. Um está contido no outro, e unidos são a harmonia, o Tao.
Baseados nessas concepções surge o Feng Shui, que visa equilibrar os opostos e criar harmonia no ambiente em que vivemos. Corpo, mente e espírito na filosofia oriental são interligados e tem conexão com o meio em que se vive.
O que está dentro está fora, assim como o que está fora (no ambiente) está dentro (em nós) também. Se a casa está desorganizada, provavelmente nossas emoções ou objetivos também estão.
Feng Shui significa literalmente Feng (vento) Shui (água), pela filosofia chinesa, esta sabedoria recebeu esta denominação porque o vento não se pode compreender e a água não se pode agarrar. Esses dois elementos, tanto podem ser benéficos como perigosos. No caso do vento é a diferença entre uma brisa e um vendaval, e no caso da água é a diferença entre uma fonte e uma enxurrada. Neste momento é que entra o equilíbrio Yin e Yang, utilizando estas forças de forma harmônica a nosso favor. Feng Shui é considerado também a sabedoria do bom senso.
No planeta existe uma energia vital (chi) que corre através de canais invisíveis ou meridianos, também chamados veias do dragão (longmai). Quando esta energia não circula adequadamente causa danos ao ambiente e aos seres que nele vivem, tornando-se energia estagnada ou acelerada (sha). O chi produz equilíbrio através do movimento harmônico, linhas suaves, sinuosas e movimento moderado atraem o chi.
Este é o mais importante conceito do Feng Shui, pois o chi, considerado também sopro vital, prana, kundalini é o que dá vida ao universo. Recebemos ao nascer esta energia que permanecerá conosco até a morte quando voltará ao universo.

O chi está presente em todos os lugares em maior ou menor escala.

Existem várias escolas de Feng Shui, entre elas estas são as com que trabalho:

Escola da Forma: que usa a observação da área externa construção, encontrando o que chamamos de dragão, tigre, fênix, tartaruga e serpente. Ou seja elementos externos à casa podem influenciar positiva ou negativamente o interior das residências. Podemos avaliar os efeitos do Sha Ch'i ou Sheng Ch'i e conduzirmos melhor essas energias para agirem só com positivismo aos moradores.

Escola do Chapéu Negro ou do Budismo Tântrico Tibetano: que é atualmente a mais conhecida, fala dos "cantinhos" da casa, foi criada em 1975 nos EUA por um professor chamado Lin Yun. Esta escola é simplificada, não usa a bússola e trata todas as construções de forma igual, como se a energia entrasse sempre pela porta de entrada. O que na minha opinião é um erro, pois cada construção tem uma direção cardeal e posição solar completamente diferente, os "remédios" usados em cada casa podem ser inúmeros, levando em conta a direção da bússola e a data de nascimento dos moradores. Os trigramas do I Ching são utilizados pela Escola Tibetana para determinar as oito áreas ou etapas de nossa vida. A colocação do Bá-guá em um cômodo ou na planta inteira da casa ou terreno, nos fará reconhecer quais os objetos estão, ou deverão ser colocados em cada área para poder intensificá-las. Vale ressaltar que esta escola não leva em consideração os pontos cardeais e considera que todas as casas possuem a entrada de energia no mesmo trigrama.

Escola da Bazhai ou Pachai; utiliza a bússola e divide a casa em 8 pontos cardeais, é muito utilizada no ocidente, pois é mais simples de aplicar, não leva em conta a data de construção da residência. Pela Escola da Bússola (Bazhai) os Trigramas do I Ching representam 8 Palácios, que são descobertos através da utilização de tabelas. Após encontrarmos o ponto cardeal correspondente à direção da face conseguimos posicionar as 4 áreas favoráveis e as 4 áreas desfavoráveis existentes na residência. Cada um dos oito lados indica uma direção da bússola, e cada direção relaciona-se com um dos trigramas do I Ching. Falaremos mais adiante mais sobre essa escola.

Escola San Yuan Xuan Kong Fei Xing: É a escola do Tempo e do Espaço, utiliza a bússola, mas separa os pontos cardeais em 24 energias e não em 8, como no caso da escola Bazhai. Esta escola usa a bússola e a data de construção da residência, trata das emanações do céu e dos planetas, relacionadas também aos pontos cardeais. Algumas emanações desta escola vão mudando ano a ano, facilitando ou dificultando a vida dos que residem ou trabalham no local. É considerada a escola de feng shui mais completa, pois cria maior conhecimento da energia de cada casa com o passar dos anos.

É importante ressaltar que a base de todas estas Escolas é a mesma, todas originam-se dos 8 trigramas básicos do I CHING, que também é conhecido como Livro das Mutações.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O que é que o lugar onde eu vivo tem a ver comigo?

Tudo.
Não somos casuais. Tudo tem um propósito.
Ainda que você viva em um lugar que não te pertence, ou trabalhe em uma sala que não é tua, você pode e deve imprimir ali as tuas digitais. Não é o ambiente que te impõe um estilo e sim você ao ambiente. Não é a moda que transforma o homem e sim o oposto. Está provado que é mais feliz e saudável aquele que vive vestido de acordo com seus próprios padrões e não conforme a sociedade exige. Da mesma maneira a decoração do espaço onde você vive necessita dessa personificação.
Obviamente vivemos um mundo de constantes evoluções e a tecnologia nos apaixona. Temos ambições de atualização unindo-a ao conforto. Não faz sentido submeter-se a atualizações que restrinjam o conforto e o bem estar. Ser atual requer coerência. Independe da idade cronológica. Pessoas de todas idades desejam se atualizar e evoluir sempre.
Ninguém evolui estagnado, óbvio.
Para conseguirmos uma evolução integral temos de nos abrir ao novo e ao desafio.
Utilizemo-nos das facilidades dos novos materiais e tecnologias. Lencemos mão dos estilos e das tendências mais afinadas com nossa alma. Busquemos na nossa lembrança valores plantados por nossos familiares, por nossas raizes e juntando tudo isso vamos realizar juntos o objetivo de tornar o seu ambiente mais propício e útil aos teus propósitos.
Viva uma vida plena fortalecida por esse contorno que você escolheu.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Ambientação Ampla


Harmonizar um espaço não se restringe à fazer um esquema técnico, aplicar conceitos de ergonomia, técnicas de iluminação, composição de formas e outros conhecimentos específicos da área do Design de Interiores ou da Arquitetura. O que não está explícito no ambiente é o ponto de partida para o estudo responsável da harmonização. A minha proposta é de dar um mergulho no ambiente buscando sua verdadeira essência. Envolver-me com as expectativas de utilidade e de realização do cliente é o ponto de partida para o estabelecimento de empatia entre mim, o cliente e o espaço.

A cada projeto uma composição sob encomenda.
O espaço tem de se tornar o cenário exato para a ópera perfeita do cliente.
Portanto este espaço será um espaço de pesquisa, troca de experiências, descobertas, e tudo o que possa municiar um trabalho sério e o entrosamento entre pessoas que se interessam pelo assunto seja como parceiro, cliente, amigo,.

Harmonize-se consigo, com tudo que o rodeia. Transforme seu espaço de vida em uma deliciosa roupa confortável e atual. Principalmente que essa roupa te ofereça proteção. Que estando ali suas energias sejam repostas. Que a criatividade e a paz se estabeleça em todos os campos de sua vida.
Um ambiente harmonizado é uma usina pessoal de saúde.